Na era digital atual, onde a segurança e a agilidade são fundamentais, a adoção de infraestruturas híbridas surge como uma transformação essencial para as empresas modernas. As infraestruturas híbridas, que combinam as vantagens da cloud com sistemas on-premises, não só oferecem flexibilidade e escalabilidade sem precedentes, mas também são vitais para a segurança operacional.
Num estudo recente conduzido pela Forrester Consulting com a IBM, 77% das organizações indicaram estar a expandir ou a implementar novas infraestruturas, refletindo a crescente adoção de modelos híbridos.
À medida que cresce a exigência para gerir workloads complexos e manter os serviços digitais seguros e disponíveis, as empresas são desafiadas a evoluir as suas estratégias de infraestrutura para dar resposta aos desafios dos seus clientes de forma eficaz, sem comprometer a segurança.
Está a considerar a transição para infraestruturas híbridas? Leia este artigo e planeie esta jornada com confiança.
O que são as Infraestruturas Híbridas?
Infraestruturas híbridas, ou cloud híbrida, representam uma arquitetura de TI que integra data centers on-premises, clouds privadas e/ou públicas numa única solução. Esta abordagem permite que sistemas operativos e aplicações sejam implementados em qualquer parte desta infraestrutura, conforme as necessidades e requisitos do negócio.
Ao optar por esta abordagem, as empresas deixam de estar limitadas a um modelo único, e tornam-se capazes de escolher o melhor de dois mundos: a flexibilidade e escalabilidade da cloud e o controlo e a segurança de soluções internas.
3 componentes das infraestruturas híbridas
Existem 3 componentes chave neste processo que permitem uma gestão mais eficiente e melhorar a resposta às necessidades do negócio.
1 – Hiperconvergência
Combina processamento, armazenamento e redes num único sistema para simplificar a gestão de recursos e melhorar a eficiência operacional. Esta integração ajuda as empresas a reduzir a complexidade e a acelerar a implementação de novas soluções, independentemente do fabricante.
A hiperconvergência permite, por exemplo, estender um ambiente local para um ambiente cloud, possibilitando uma expansão ágil e escalável dos recursos de TI, à medida das necessidades. Além disso, esta tecnologia simplifica a implementação de planos de recuperação de desastres (DR), com toda a infraestrutura gerida a partir de uma única ferramenta centralizada.
2 – Virtualização
Permite a criação de ambientes virtuais múltiplos a partir de uma única infraestrutura física, maximizando a utilização de recursos. Esta tecnologia facilita a execução simultânea de diferentes sistemas operativos e aplicações, permitindo flexibilidade e melhor aproveitamento do equipamento existente. Destacamos, por exemplo, a capacidade de estender ambientes de virtualização, como os geridos por VMware, diretamente para plataformas Cloud como AWS ou Azure, proporcionando uma expansão eficiente e integrada.
3 – Containerização
Isola aplicações em ‘containers’ autónomos que operam consistentemente em diversos ambientes computacionais. Esta abordagem é essencial para agilizar o desenvolvimento, teste e implementação de aplicações, além de melhorar a portabilidade entre sistemas e a eficiência na utilização de recursos.
Planeamento, desafios e estratégias de otimização para infraestruturas híbridas
A fase do planeamento é fundamental para o sucesso na implementação de infraestruturas híbridas. Este processo deve ser meticuloso e inicia-se com a análise das capacidades atuais da empresa e a identificação das necessidades futuras.
Em seguida, deve ser criado um plano para orientar a migração de aplicações e dados para o novo ambiente híbrido. Este plano garante que todas as ações estão alinhadas com os objetivos da empresa. Saiba mais sobre modernização aplicacional.
Desafios e Soluções da implementação de infraestruturas híbridas
Um dos principais desafios na adoção de infraestruturas híbridas é a integração de sistemas legados (sistemas antigos) com novas soluções na nuvem. É fulcral ter em conta todas as questões de compatibilidade e segurança que possam existir, por isso é essencial optar por uma abordagem estratégica.
A segurança em ambientes híbridos e multicloud deve ser reforçada através de práticas robustas de segurança e conformidade para proteger os dados e as operações. Exemplos destas práticas incluem a encriptação de dados em trânsito e em repouso, autenticação multifator para acesso aos sistemas e auditorias regulares de conformidade para garantir o cumprimento dos normativos relevantes.
Adicionalmente, a adoção de estratégias de FinOps pode ajudar a otimizar a gestão de custos, permitindo uma visibilidade e controlo mais eficazes sobre os gastos com licenciamentos e infraestrutura na Cloud. Esta abordagem assegura uma maior sustentabilidade financeira do ambiente híbrido durante e após a migração.
Migração e Otimização
A migração para infraestruturas híbridas deve ser meticulosamente planeada e inclui pelo menos 4 fases:
Análise
Nesta fase inicial, as empresas devem realizar uma avaliação completa das suas infraestruturas tecnológicas atuais e das necessidades futuras. É essencial identificar quais os sistemas e aplicações que são candidatos à migração para a cloud e quais devem permanecer on-premises devido a requisitos de segurança ou outras considerações específicas.
Assim, a arquitetura da solução híbrida pode ser projetada para integrar perfeitamente os ambientes cloud e on-premises, assegurando que todos os componentes funcionam de forma coesa.
Avaliação inicial de performance
Antes de avançar com a implementação completa, é crucial realizar uma série de testes para garantir que todos os sistemas e componentes da infraestrutura híbrida interagem como esperado. Aqui é essencial incluir testes de desempenho, segurança e compatibilidade.
Esta fase ajuda a identificar e a resolver problemas antes que estes possam impactar a operação empresarial, minimizando riscos e permitindo ajustes na estratégia de migração.
Implementação
É na fase de implementação que a migração efetivamente acontece. Deve ser executada de forma controlada e monitorizada, com especial atenção à minimização do tempo de inatividade e interrupções nos serviços críticos para o negócio.
As empresas devem garantir que existe suporte técnico adequado disponível durante todo o processo para resolver qualquer questão que possa surgir de forma ágil. Além disto, é importante ter planos de contingência claros para lidar com eventuais contratempos durante a migração.
Gestão e manutenção contínua
A gestão diária de infraestruturas híbridas é muito importante e realiza-se após a migração. Esta fase inclui a monitorização constante do desempenho, a gestão de incidentes e a implementação de atualizações e melhorias contínuas.
Para garantir a operacionalidade e a otimização contínua da infraestrutura, são implementadas práticas de backups regulares e estratégias de redundância, essenciais para manter a resiliência do sistema contra falhas inesperadas. Além disto, a flexibilidade da arquitetura permite ajustes e expansões à medida das necessidades, sem interromper as operações empresariais.
É vital que cada etapa da gestão e manutenção seja acompanhada por uma estratégia de gestão de mudança organizacional, assegurando que toda a equipa esteja alinhada com os novos processos e tecnologias, promovendo uma adaptação eficaz e minimizando as perturbações.
Parceria estratégica para o sucesso com a Oramix
A transição para infraestruturas híbridas é uma decisão estratégica que pode marcar o futuro de uma organização. A escolha de um parceiro inadequado pode levar a complicações significativas, desde falhas de integração até problemas de segurança, resultando em custos elevados e oportunidades perdidas.
Com um planeamento adequado, abordagens técnicas sólidas e uma parceria estratégica com a Oramix, a sua empresa fica bem posicionada para implementar infraestruturas híbridas sem contratempos, desbloqueando um novo patamar de inovação e competitividade.
Se a sua empresa está neste processo ou a considerar os próximos passos, entre em contacto connosco e garanta uma transição para infraestruturas híbridas fluída e eficaz.